Artistas pedem reforço urgente das indústrias culturais em Moçambique
Num contexto marcado pela escassez de apoio às artes, profissionais do sector cultural consideram urgente o fortalecimento das indústrias criativas em Moçambique. Para tal, destacam a necessidade de os artistas se adaptarem às exigências do mercado nacional e às dinâmicas do sector privado.
A reflexão foi promovida no âmbito da iniciativa Cultivarte, implementada pela Expertise France em parceria com o Ministério da Educação e Cultura, que reuniu vários agentes culturais em Maputo para debater a sustentabilidade do sector criativo no país.
“Temos desenvolvido actividades que visam estruturar os sectores das indústrias culturais e criativas, com foco no apoio a jovens empreendedores, empresas e instituições activas no sector”, afirmou Mathieu Gardon-Mollard, da Cultivarte.
Para que o fortalecimento das indústrias culturais seja eficaz, o papel do Governo é considerado essencial pelos participantes.
“É o Governo quem define o quadro legal e institucional onde os profissionais da cultura devem operar”, sublinhou José Maria, Director do Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM).
Ainda assim, os profissionais defendem que a profissionalização do sector cultural só será possível se os artistas forem capazes de alinhar as suas produções às necessidades sociais e comerciais do mercado.
O programa de fortalecimento das indústrias culturais e criativas é financiado pela União Europeia e tem beneficiado diversos agentes culturais em Moçambique, apoiando o desenvolvimento e a implementação de projectos com impacto directo nas comunidades.
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